Ernestina Ferreira dos Santos
Nasceu no dia 1º de janeiro de 1879, no Rio de Janeiro e desencarnou no dia 16 de novembro de 1953, na mesma cidade. Era filha de Aristides Gonçalves Ferreira e D. Augusta Dias Ferreira. Na infância apresentou problemas ósseos que lhe trouxeram sofrimentos e certa fragilidade física. Um primo, ao lhe presentear com um exemplar de “O Evangelho Segundo o Espiritismo” fez com que D. Ernestina descortinasse um novo horizonte e uma nova maneira de olhar a vida. Sentindo-se curada casou-se com Ignácio Barbosa dos Santos, tornando-se esposa e mãe.
Fundou com seu esposo o “Grupo Espírita Cultivadores da Verdade”. Foi criado então o “Pão dos Pobres, uma forma de assistência aos necessitados sob a proteção de Teresa de Jesus que com D. Ernestina se comunicava. Em 31 de dezembro de 1918, tudo estava pronto para a distribuição no dia seguinte, quando alguém bate à porta, entregando a importância de novecentos e trinta mil reis. Que fazer? Pensou Ernestina e guardou-a para posterior deliberação. No dia 1º de janeiro de 1919 ao término da sessão Teresa de Jesus comunicou-se dizendo: “O dinheiro que entrou a última hora é a semente para a Casa de Caridade que venho anunciando. Será para as criancinhas mais pobres que encontrardes. Trabalhai, que eu vos ajudarei”. No mesmo instante lavrou-se a ata da fundação e os presentes inscreveram-se como sócios fundadores. Sua desencarnação deixou à sua retaguarda um rastro de luz, seguido por um punhado de companheiros que, até hoje, sustentam o Abrigo Teresa de Jesus, instituição modelar no Estado do Rio de Janeiro.
Inácio Bittencourt
Nascido a 19 de abril de 1862, na Ilha Terceira, Arquipélago dos Açores, Freguesia da Sé de Angra do Heroísmo (Portugal), e desencarnado no Rio de Janeiro a 18 de fevereiro de 1943.
Sob sua presidência foi fundado em 1919 o “Abrigo Teresa de Jesus”, tradicional obra assistencial até hoje em pleno funcionamento, com larga soma de benefícios a crianças carentes, de ambos os sexos.
Fundou o Centro Cáritas, com Samuel Caldas e Viana de Carvalho, que presidiu até a data do seu falecimento. Tomou ainda parte ativa na fundação da União Espírita Suburbana e do “Asilo Legião do Bem” para idosas. Durante alguns anos exerceu também a Vice-Presidência da Federação Espírita Brasileira, presidiu o “Centro Humildade e Fé, onde nasceu a “Tribuna Espírita, também por ele dirigida durante alguns anos.
Como outros médiuns receitistas e curadores, também veio a sofrer perseguições, respondendo a vários processos sob a acusação do exercício ilegal da Medicina, sendo absolvido.
Destacou-se igualmente como orador, discorrendo na tribuna, sobre os ensinamentos de Jesus Cristo, recorrendo a ricas imagens, com as quais expunha conceitos científicos-filosóficos de grande profundidade.